Professora da Unileão sugere formas de melhorar a qualidade do sono na pandemia

Dormir bem é fundamental para manter a saúde mental e física.

A alteração na rotina diurna da grande maioria da população, ocorrida de forma abrupta, não planejada e motivada pelo contexto de pandemia do novo coronavírus (covid-19), tem afetado também a rotina noturna de muitas pessoas e provocado, em algumas, problemas de insônia. No entanto, diante da situação atual, driblar as noites mal dormidas é uma estratégia fundamental para manter a saúde mental e física.

Conforme a professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) Silvia Morais, alguns dos fatores que podem afetar significativamente a qualidade do sono e desencadear a insônia nesse período, até mesmo em pessoas sem histórico do problema, são ansiedade e estresse.

“No atual período, as pessoas estão mais ansiosas e estressadas, o que é considerado normal pela situação que estamos vivendo. Estamos diante de um perigo real, não é algo imaginário, diferente de quando as pessoas criam situações. Vivemos um cenário muito incerto e isso gera um nível muito maior de ansiedade. Atrelado a isso temos o estresse causado por vários motivos, entre eles, as novas mudanças e configurações familiares, a adaptação ao trabalho em home office e a nova rotina dos filhos, que inclui ter que obrigá-los a ficar em casa. Tudo isso causa um adoecimento mental”, afirma a docente.

Como resultado dessas situações, a profa. Silvia Morais explica que as alterações no sono e a frequência de noites mal dormidas podem prejudicar os processos cognitivos, causando problemas de atenção, criatividade e aprendizado, além de afetar o humor e causar cansaço físico e mental.

Alguns sintomas que caracterizam a insônia, conforme a docente, são: dificuldade para adormecer à noite, dificuldade de se manter dormindo, não se sentir descansado mesmo após dormir, sonolência excessiva durante o dia, problemas em manter a concentração e de memória, humor alterado, irritabilidade e agressividade, falta de energia e redução da motivação.

Para superar essas dificuldades, a docente sugere algumas alternativas que podem ajudar a driblar as noites de insônia, confira abaixo:

Crie uma rotina do sono: a rotina do sono é fundamental para estabelecer uma organização mental e fazer com que o cérebro entenda que você está pronto para dormir. Mantenha o hábito de dormir e acordar no mesmo horário.  

Relaxe antes de ir para cama: procure fazer alguma atividade que te ajude a relaxar como meditar, ler um livro, fazer uma oração. Fazer coisas que desaceleram a mente antes de dormir favorecem uma boa noite de sono. 

Use sua cama apenas para dormir: não se alimente, trabalhe ou estude na cama. Seu cérebro precisa entender que ali é um local de descanso.

Evite o uso de eletrônicos antes de dormir: a luz dos celulares, das TVs e de outros dispositivos eletrônicos são extremamente estimulantes, colocando o cérebro em estado de alerta.

Cuidado com a alimentação: após às 18h, evite o consumo de alimentos gordurosos e de bebidas estimulantes como café, alguns chás e refrigerantes. Deve-se optar por ingerir alimentos leves à noite. Bebidas alcoólicas e cigarro também devem ser evitados.

Pratique atividade física durante o dia: praticar exercícios físicos ajuda muito na qualidade e concretização do sono.

Esvazie a mente e filtre as informações: evite pensar nas coisas que deixou de fazer ou que precisará fazer no dia seguinte ao deitar na cama, tente esvaziar a mente. Filtre o que você assiste e as notícias durante o dia, informando-se apenas por fontes oficiais. Isso ajudará a reduzir o estresse e a ansiedade.

Procure ajuda: fale sobre o que está sentindo para um amigo ou familiar. Esse é um momento de ajudarmos uns aos outros. Caso os sintomas não melhorem com medidas comportamentais, procure ajuda de um profissional da Psicologia (muitos estão oferecendo atendimento à distância), que poderá indicar outras opções de tratamento.

Com informações da Unileão