Assentamento 10 de Abril comemora 28 anos de história em Crato nesta quarta-feira

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Por Ronuery Rodrigues / Papo Reto Cariri

Assentamento é um dos mais antigos do Ceará e representa a luta dos trabalhadores pelo acesso à terra. Programação acontece nesta quarta-feira e no sábado.

Primeiro Assentamento de Trabalhadores Rurais Sem Terra no Cariri, o Assentamento 10 de Abril comemora nesta quarta-feira,10, vinte e oito anos de existência e luta. Uma programação preparada pelos assentados acontece hoje e no próximo sábado,13.

O programa desta quarta-feira,10, inclui alvorada festiva às 5:00 horas da manhã, hasteamento da bandeira do movimento e santa missa. A radioposte local também promoverá programação alusiva a data.A noite, às 19 horas, acontece exibição de filme retratando a história do Assentamento.

No Sábado a programação começa às 9 horas com Ato político que reunirá entidades que apoiam a luta da comunidade; Um almoço Comunitário também está previsto para acontecer. A tarde jogos de futebol no campo da comunidade têm início as 14 horas, com jogo das crianças, futebol masculino e o futebol feminino.

A programação continua a noite a partir das 19:30 com falas sobre o MST e os 28 anos do 10 de Abril e a comemoração final contará com forró, às 21 horas.

HISTÓRIA

Localizado no distrito Monte Alverne, distante 29 quilômetros da sede do município. A comunidade surgiu após 54 anos do massacre do caldeirão da Santa Cruz do Deserto (1926|936), fruto da luta de trabalhadores e trabalhadoras rurais de seis municípios da região que reivindicavam o acesso à terra.

A ocupação das terras do caldeirão se deu em 1991, fato que causou muitos conflitos, de acordo com relatos dos moradores. Do local, os trabalhadores foram transferidos para a Fazenda Gerais (desapropriada pelo governo para a Reforma Agrária), que depois recebeu o nome de 10 de Abril.

A história do 10 de Abril é referência da experiência do MST na região do Cariri.O 10 de Abril e o 25 de maio em Madalena, são os mais velhos assentamentos do Estado do Ceará.O movimento recebe o apoio da Comissão Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica e do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra.

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