MP-AL sugere cortar luz e água para forçar moradores que se recusarem a sair da área de risco no Pinheiro

Por G1 AL

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O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) deu um prazo de 5 dias para a Prefeitura de Maceió responder à notificação para retirada imediata dos moradores da área vermelha do Pinheiro. A recomendação sugere até o corte de energia, água e gás para forçar a saída de quem insistir em permanecer nas áreas de risco.

A informação foi passada à imprensa durante uma entrevista coletiva nesta terça-feira (19) na sede do do Centro de Apoio Operacional (Caop), no Farol. O documento foi entregue nesta manhã ao prefeito Rui Palmeira (PSDB).

A medida de segurança se deve à gravidade da situação no bairro, onde tem surgido diversas rachaduras em ruas e imóveis há um ano. Especialistas estudam as causas do fenômeno, mas ainda não há informação oficial sobre a origem do problema.

“Constatamos que ainda existem muitas famílias no bairro, e além dessas famílias, comerciantes. Já tínhamos feito uma recomendação e a prefeitura estava fazendo de forma lenta, nós resolvemos fazer a recomendação para que a prefeitura, por meio dos seus órgãos competentes, promovam um meio para que sejam desocupados imediatamente os prédios da zona vermelha e que seja feito o isolamento da área, proibindo a passagem de veículos pesados, exceto os autorizados”, disse o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques.

O G1 entrou em contato com a prefeitura de Maceió e aguarda posicionamento.

Ainda segundo o promotor, caso haja resistência dos moradores, a prefeitura deve realizar ainda os cortes de energia, água e gás, para que os eles não insistam em ficar no local.

A área de risco do bairro foi dividida pela Defesa Civil em três cores, vermelha, laranja e amarela, cada uma representando um grau de risco, sendo a vermelha a mais grave.

Porém, de acordo com a recomendação do MP, as áreas laranja e amarela também deverão ser evacuadas até a quadra chuvosa, que tem início em 15 de abril, com um período de chuvas fortes no estado.

“O Ministério Público está preocupado porque estamos tratando de vidas e a grande preocupação é salvaguardar as vidas dos moradores”, afirmou Malta Marques.

A força-tarefa do MP é composta pelos promotores de Justiça José Antônio Malta Marques, diretor do Caop; Adriano Jorge Correia, do Núcleo de Perícias; Jorge Dórea, do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente; Max Martins, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor; e Jomar Amorim, da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos.

Fonte: G1.com

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