Diferença salarial entre homens e mulheres na mesma ocupação no RN chega a 28,53%, aponta estudo

Por G1 RN

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Estudar mais melhora a renda de homens e mulheres, mas não garante a igualdade salarial entre os sexos. A conclusão é de um estudo elaborado pela área de Inteligência da plataforma Quero Bolsa, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) sobre profissões e salários.

Segundo o levantamento, em 2018, no Rio Grande do Norte a profissão com maior diferença salarial favorável aos homens foi contador. O salário médio pago aos profissionais do sexo masculino foi de R$ 2.619,49, enquanto as mulheres na mesma função receberam R$ 2.037,96, diferença de 28,53%. Entre as carreiras de nível superior com validade estatística para análise, nenhuma apresentou vantagem salarial significativa para as mulheres no estado. A média geral de diferença salarial entre homens e mulheres no estado potiguar foi de 17,43%.

No ano passado, de acordo com o mais recente dado do Caged, a renda média mensal dos trabalhadores contratados para funções com exigência de nível superior no Brasil foi de R$ 3.756,84 para homens e R$ 2.592,65 para mulheres. Uma diferença de 44,9% a favor dos homens. Quando analisada a média salarial entre os gêneros de trabalhadores com até ensino médio completo, a diferença foi de 10,89%, com homens ganhando R$ 1.570,89 e mulheres com R$ 1.416,60 por mês.

O estudo aponta que ingressar na faculdade ajuda homens e mulheres a aumentarem seus ganhos. Na prática, mais anos de estudo aumentou 139,15% a renda dos homens e 83,02% a das mulheres.

Mas a constatação é de que em todos os estados brasileiros a média salarial dos homens é maior do que a das mulheres. As diferenças mais significativas foram registradas no Maranhão (33,3%), Sergipe (29,99%) e Bahia (29,37%). Enquanto isso Roraima (4,74%), São Paulo (6,69%) e Pernambuco (11,45%) são as localidades onde homens e mulheres têm os salários mais próximos entre si.

Quero Bolsa

Os salários médios pagos a homens e mulheres e as respectivas diferenças percentuais entre eles podem ser consultados diretamente na plataforma Quero Bolsa, no Guia de Profissões e Salários. A nova funcionalidade do site foi desenvolvida para ajudar na tomada de decisão de estudantes de acordo com a média salarial da profissão que pretendem seguir organizada por estado, mas também pode ser uma fonte de informação para o público em geral.

Ao todo, foram avaliados os salários médios pagos a homens e mulheres em 600 ocupações com contratações no país ao longo de 2018, segundo o Caged. Destas, 90 apresentaram diferença superior a 5% favorável às mulheres. As ocupações onde mulheres ganham mais do que homens se concentram nas áreas de educação e saúde. Já os salários oferecidos aos homens foram pelo menos 5% maiores em 357 ocupações. Outras 153 profissões tiveram diferenças salariais inferiores a 5%, o que pode ser considerada igualdade salarial.

Fonte: G1.com

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