Ivan Conti – o cultuado baterista carioca conhecido no universo pop pelo nome artístico de Mamão – nasceu no Estácio, berço do samba da cidade do Rio de Janeiro (DJ).
Entretanto, assim como Luiz Melodia (1951 – 2017), outro ilustre frequentador do Morro de São Carlos, Mamão jamais tocou pela cartilha ortodoxa do gênero.
Herdeiro da Bossa Nova, o músico integrou como violonista um trio do gênero, Os Dissonantes, antes de fazer parte de conjunto de rock ainda na década de 1960, The Youngsters, e de ganhar projeção nos anos 1970 como o baterista do trio Azymuth.
Com o Azymuth, Mamão misturou samba com funk e com jazz, gerando influente fusão que conquistou fãs além das fronteiras do Brasil. Essa fina mistura tropical é a matéria-prima do quarto álbum solo de Mamão, Poison fruit, anunciado esta semana pelo selo inglês Far Out Recordings.
Capa do álbum ‘Poison fruit’, de Ivan Conti, o ‘Mamão’ — Foto: Divulgação / Far Out Recordings
Primeiro álbum solo de Mamão em 21 anos, Poison fruit sucede Pulsar(1997) na discografia individual do artista – iniciada com o álbum The human factor (1984) – e tem lançamento programado para 25 de janeiro de 2019 nos formatos de CD e LP, além da edição digital.
Colegas de Mamão na atual formação do Azymuth, o baixista Alex Malheiros e o pianista Kiko Continentino tocam na maioria dos onze temas autorais que compõem o repertório inédito do álbum Poison fruit.
No disco, Mamão adiciona batidas de house e tecno ao som brazuca tipo exportação de Poison fruit com a ajuda dos produtores Daniel Maunick (conhecido na cena eletrônica como Dokta Venon) e Thiago Maranhão (filho do baterista).
Aroeira, Jemburi, Encontro, Bacurau, Ninho, Ilha da luz, O ritual, Poison fruit, Que legal, Ecos da mata e Tempestades são as onze músicas do repertório autoral do álbum.
A edição em CD e a edição digital do álbum trazem, de bônus, remixes das faixas Encontro, Ilha de luz, Que legal e Poison fruit.
— Foto: Editoria de Arte / G1
Fonte: G1