Em adesão à greve nacional de 72 horas, petroleiros fazem atos em Salvador e região metropolitana

Mobilização na sede da Petrobras, no bairro da Pituba (Foto: Divulgação/Sindipetro)

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Os petroleiros iniciaram à meia-noite desta quarta-feira (30), em todo o país, uma greve de 72 horas nas unidades da Petrobrás. Na Bahia, a paralisação começou com atos na sede da estatal, que fica no bairro da Pituba, em Salvador.

De acordo com o Sindipetro Bahia, entidade sindical filiada à Federação Única dos Petroleiros (FUP), também há concentração de trabalhadores na Refinaria Landulpho Alves (Rlam), no Polo Petroquímico de Camaçari; na sede da Transpetro, em Madre de Deus; e no Campo Petrolífero Miranga, em Pojuca.

Militares estão posicionados desde o início do dia nas proximidades da Rlam, em Camaçari, em monitoramento de possíveis protestos.

Mobilização na sede da Petrobras, no bairro da Pituba (Foto: Divulgação/Sindipetro)Mobilização na sede da Petrobras, no bairro da Pituba (Foto: Divulgação/Sindipetro)

Mobilização na sede da Petrobras, no bairro da Pituba (Foto: Divulgação/Sindipetro)

Em entrevista ao G1, o diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, contou que por se tratar de uma greve por tempo determinado, as mobilizações não irão provocar a paralisação total da produção, mas um controle nas atividades.

“Por ser uma greve de 72h, não chega a impactar no processo produtivo. Há um controle na produção nesse momento para a mobilização de trabalhadores”.

Costa diz que, nacionalmente, a greve temporária da categoria busca, dentre outras questões:

  • Redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha
  • Retomada da produção das refinarias
  • Fim das importações de derivados de petróleo
  • Não às privatizações
  • Manutenção dos empregos
  • Demissão de Pedro Parente, atual presidente da companhia

G1 não conseguiu contato com a Petrobrás até a publicação desta reportagem.

Militares fazem monitoramento nas proximidades da Refinaria Landulpho Alves (Foto: Arquivo Pessoal)Militares fazem monitoramento nas proximidades da Refinaria Landulpho Alves (Foto: Arquivo Pessoal)

Militares fazem monitoramento nas proximidades da Refinaria Landulpho Alves (Foto: Arquivo Pessoal)

Mobilização também ocorre na sede da Petrobrás, na Pituba (Foto: Juliana Almirante / G1)Mobilização também ocorre na sede da Petrobrás, na Pituba (Foto: Juliana Almirante / G1)

Mobilização também ocorre na sede da Petrobrás, na Pituba (Foto: Juliana Almirante / G1)

Mobilização Nacional

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou, via rede social, que a greve da categoria começou na madrugada desta quarta-feira. Na terça (29), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou o movimento ilegal e estipulou multa de R$ 500 mil por dia aos sindicatos, após ação ajuizada pela Petrobras e a Advocaia-Geral da União (AGU).

Além das mobilizações na Bahia, o comunicado da FUP publicado pouco depois da 1h relata que os funcionários “não entraram para trabalhar” em refinarias de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas e Pernambuco.

Nacionalmente, estariam paralisados os seguintes terminais: Reman (AM), Abreu e Lima (PE), Regap (MG), Duque de Caxias (Reduc, RJ), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX). Também não houve troca dos turnos, segundo a FUP, nos terminais de Suape (PE), Paranaguá (PR) e Bacia de Campos (RJ).

Os petroleiros decidiram parar as atividades por 72 horas em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros e para pedir a destituição de Pedro Parente do comando da estatal, entre outras reivindicações.

Liminar

A ministra Maria de Assis Calsing, do TST, concedeu liminar (decisão provisória) na qual classifica como “aparentemente abusivo” o caráter da greve de 72 horas de funcionários da Petrobras. “Defiro parcialmente o pedido para que, diante do caráter aparentemente abusivo da greve e dos graves danos que dela podem advir, determinar aos Suscitados que se abstenham de paralisar suas atividades no âmbito da Petrobras e de suas subsidiárias, nos dias 30 e 31 de maio e 1.º de junho de 2018 e de impedir o livre trânsito de bens e pessoas”.

Fonte: G1

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