Consultora divulga estudo sobre Índice de Competitividade Brasileira

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Consultora divulga estudo sobre Índice de Competitividade Brasileira
Pesquisa realizada em conjunto com a AMCHAM avaliou o Brasil em relação a outros 12 países

A A.T. Kearney, consultoria de gestão de negócios, acaba de anunciar uma nova pesquisa local – o Índice de Competitividade Brasileira, que discute aspectos relevantes da competitividade e do ambiente de investimentos no Brasil. Esse estudo, realizado em parceria com a AMCHAM, identificou potenciais gaps do Brasil em relação a outros 12 países no mundo e sugere ações de apoio à promoção e atração de investimentos diretos. O Brasil ficou em 12º lugar no ranking, onde os cinco primeiros colocados foram Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, China e Itália. E atrás de economias como México, Colômbia, Grécia e África do Sul.O estudo é dividido em três grandes pilares indicadores de competitividade:

• Base econômica – avalia o mercado relevante e crescente, custo de capital, fluxos de investimentos constantes, participação das exportações globais, exportações e importações e resultado da balança comercial.

• Ambiente Institucional – avalia menor burocracia, eficiência dos gastos públicos, baixo custo fiscal, nível de transparência, ambiente regulatório e respeito aos contratos.

• Produtividade Operacional – avalia a produtividade da mão de obra, infraestrutura, capacidade de inovação e empreendedorismo.

Nos pilares avaliados, a colocação do Brasil não foi satisfatória.

O País ficou em 9º lugar em Base Econômica, 12º em relação ao Ambiente Institucional e em 12º lugar em Produtividade Operacional. “Apesar de se destacar em alguns fatores críticos individualmente, o Brasil apresenta deficiências em diversas dimensões.

Encontramos nove grandes deficiências que foram realçadas na análise de competitividade” afirma Mark Essle, Sócio da A.T. Kearney no Brasil e responsável pelo Estudo. São elas:

Base Econômica:

1 – Crescimento negativo do PIB e baixo PIB per capita;

2 – Juros altos, que restringem a capacidade de crédito e formação bruta de capital fixo;

3 – Baixo valor agregado nas exportações e barreiras comerciais de todo o tipo.

Ambiente institucional:

1 – Burocracia, entraves ambientais e leis complexas ou ambíguas afastam os investimentos;

2 – Sistema fiscal com grande complexidade e alta carga de impostos;

3 – Ambiente instável em relação à execução de leis e contatos; baixo grau de proteção aos investidores em caso de falências.

Produtividade operacional:

1 – Produtividade baixa e sem evolução, devido à cultura de direito adquirido, às lacunas de educação e tributação do investimento;

2 – Baixa qualidade da infraestrutura viária, aérea e marítima, instabilidade de preços e fornecimento de energia e grandes perdas em sua transmissão e distribuição;

3 – Baixo estímulo à pesquisa, inovação e ao empreendedorismo, mediocridade nos startups e pouca reinvenção dos negócios.

“Acreditamos que a retomada deve se basear em dois grandes focos: reinserção do Brasil na economia global e aumento da produtividade. E, para isso, os acordos comerciais e a simplificação tributária alavancariam papel do Brasil na economia global, enquanto que o aumento da produtividade pode ser obtido a partir da simplificação de leis trabalhistas e mais investimentos em infraestrutura”, conclui Essle.

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