Aos 28 anos, remanescentes da seleção feminina viram ”mãezonas” de novatas

Idade é algo relativo, mas, nas maioria das vezes, 28 anos simboliza juventude. No vôlei, a história não é bem assim. Com essa mesma idade, Natália e Tandara são as mais experientes do grupo (inicial) que integra a seleção feminina neste novo ciclo olímpico. A primeira, inclusive, tem a responsabilidade de ser a capitã do plantel. Apesar de novas, como gostam de ressaltar, elas usufruem da experiência com a amarelinha para acolher as novatas.

Natália é uma das mais velhas do grupo reformulado da seleção brasileira (Foto: Leonardo Freire/GloboEsporte.com)

Natália é uma das mais velhas do grupo reformulado da seleção brasileira (Foto: Leonardo Freire/GloboEsporte.com)
Natália é uma das mais velhas do grupo reformulado da seleção brasileira (Foto: Leonardo Freire/GloboEsporte.com)

– É legal me sentir veterana. Mesmo sendo nova, é muito bacana poder ajudar o outro lado. Ver que elas se sentem da mesma forma que eu me sentia quando cheguei em 2011. Eu tento lidar da melhor maneira possível. Sei que é complicado chegar e se sentir deslocada – disse a ponteira.

A nova capitã foi ainda mais enfática. Além da liderança dentro de quadra, Nathália conta que tomou a responsabilidade de organização nos bastidores. Questionada sobre a pressão, ela brinca: ”Vou ter que tomar mais juízo”.

– Esse é o primeiro momento. O início de um novo ciclo olímpico. São muitas caras novas, muitas meninas que vêm com vontade, querendo aprender. Não vai ser fácil, perdemos peças importante. Eu fico muito feliz que o Zé tenha me dado essa responsabilidade de ser capitã. Eu vou continuar fazendo tudo que vinha fazendo, porque sempre gostei de ajudar muito as meninas. Não só as mais novas, mas todas, como um time. Fora de quadra vou ganhar umas responsabilidades a mais. Tenho que organizar tudo. Agora tenho que tomar um pouco mais de juízo para fazer o melhor possível – acrescentou.

Com a mesma idade, Tandara foi a jogadora mais premiada da Superliga feminina 2016/2017 (Foto: André Durão)
Com a mesma idade, Tandara foi a jogadora mais premiada da Superliga feminina 2016/2017 (Foto: André Durão)

O primeiro desafio do time canarinho é contra a República Dominicana, nesta terça, na Arena Amadeu Teixeira, em Manaus, válido por amistoso preparatório para o torneio de Montreux, na Suiça. Tandara destacou a importância dos jogos de preparação.

– Para a gente é muito importante fazer alguns jogos antes de começar os campeonatos. Estão chegando várias meninas novas. Do ano passo, temos eu, Nathália e Denise. Na Superliga, jogamos contra, mas temos que aprender a jogar junto. É um desafio muito grande – finalizou