O reservatório de Santa Maria, no Distrito Federal, pode chegar ao “volume zero” até outubro deste ano, é o que prevê, com base em dados oficiais fornecidos pela Caesb, o especialista em manejo de bacias hidrográficas e professor da UnB Henrique Leite Chaves.
Santa Maria era considerado menos preocupante pelo governo e, por isso, não foi incluído no racionamento vigente desde 16 de janeiro.
O especialista afirma que o volume dos rios afluentes, que jogam água na bacia do Santa Maria/Torto, mostram que a entrada de água não vai compensar a saída. Com isso, o volume útil chegaria a 41% em fevereiro, 29% em julho, 5% em setembro e “0%” em outubro.
“O padrão de consumo de água tem aumentado gradualmente, com recursos hídricos incipientes. (…) Em reservatórios anuais, as vazões captadas [água distribuída] não podem ser maiores que as vazões afluentes [entrada de água]”, explicou Chaves ao G1.
Nesta quarta-feira (8), a medição da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa) indicou que o volume de águas em Santa Maria é de 41,14%, assim como pontuou o especialista.
Este é o maior reservatório do DF, responsável pelo abastecimento de água para dois terços dos moradores da região.
Segundo a Adasa, a Caesb está autorizada a racionar água também nas regiões abastecidas pelo reservatório Santa Maria desde novembro. No entanto, a princípio, a Caesb informou que optou por reduzir a pressão da água e acompanhar os efeitos da chuva.
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