Racistas ou facistas? Ou os humanos são intolerantes por natureza?

Foto: Afonso Ferreira - G1

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Em um livro fantástico de nome Sapiens: Uma breve história, o escritor Yuval Noah Harari traça um perfil da nossa espécie animal: o Homo sapiens. Em um momento do livro, o autor afirma que a tolerância não é uma marca registrada do ser humano.

​Na luta pela sobrevivência no planeta Terra, o Sapiens matou e aniquilou todas as outras espécies similares, como os neandertais e o Homo erectus. Na briga pela sobrevivência na evolução das espécies capacidade de adaptação e uma linguagem única fez do Sapiens, naquele momento, um vencedor na seleção natural. E por sito estamos aqui agora: eu escrevendo. e você, lendo este texto.
​Os conflitos que acontecem sobre o racismo nos EUA e direita x esquerda no Brasil mostra somente um traço de nossa genética: não conseguimos conviver com espécies diferentes e somos intolerantes a quem tem uma linguagem diferente da nossa.

O racismo é uma aberração histórica do ser humano, inclusive temos o mundo dividido em países, tribos e clãs, por exemplo. Não conseguimos nos identificar como iguais em relação a pele ou a cultura que carregamos, entre outros fatores. Na África do Sul, se falam 11 línguas oficiais, porque as tribos sul-africanas não se identificam como um grupo único. São tribos de pele negra que por muito tempo não se toleravam E do mesmo modo que os brancos, praticavam a escravidão entre seus dominados para criar riqueza. Na branca Suíça, se falam 4 idiomas, pelo mesmo motivo. Na China, 30% da população hoje não fala o idioma oficial: Mandarim. Temos enclaves chineses que fogem do poder de Beijing, se refugiando em enclaves como Hong-Kong, Macau, Taiwan. entre outros em busca de liberdade e paz.

As diferenças assustam o ser humano. Somos a única espécie que tem usa o Direito e a Justiça para conviver. Contra quem não tem leis protetivas, somos implacáveis. O mundo possui hoje 2 milhões de espécies identificação, e se não tiverem leis para protegê-las, em 100 anos estas espécies serão reduzidas a metade. Significa que somos predadores por natureza, que os digam os animais já extintos e os extinção aqui mesmo no Cariri. Precisamos de leis ambientais para não destruir o ecossistema.

Por disputas como a que vemos nas ruas no Brasil, em situações semelhantes no século passado, logo depois de uma pandemia (gripe espanhola) e de uma crise econômica (crise de 1929), o mundo entrou em parafuso e direitistas e esquerdistas entraram em uma guerra que matou 85 milhões de pessoas (algo em torno de 2 vezes a população do Brasil na época).

Me preocupo somente com as consequências que nossa genética pode nos levar. O local correto para se manifestar livremente na democracia é no voto e no convencimento. Ou será que teremos a genética bélica do homem vai superar a inteligência que a natureza nos deu? Eu sou pessimista, já que a nossa intolerância é forte até para defender religiões que pregam a paz e a união. Judeus, cristãos e mulçumanos se matam, e todos se dizem filhos de um único pai: Abraão.

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