POR AGÊNCIA NEWS CARIRI
Às vésperas do início de mais uma campanha eleitoral em Juazeiro do Norte, aquele que deveria ser o candidato natural da oposição na disputa ao paço municipal lança dúvidas sobre sua provável candidatura. Até agora, a estratégia adotada por Gilmar Bender (PDT) é a lei do silêncio. O pedetista não tem atuação nas redes sociais e apenas esporadicamente concede entrevistas a rádios e demais veículos de comunicação locais.
Quando se faz ouvido através da imprensa, Gilmar não toma partido, postura incompatível com a de quem carrega nas costas a confiança de quase 44 mil juazeirenses que não optaram pela gestão Arnon Bezerra. Pelos números expressivos, esperava-se, ao fim do pleito de 2016, que Bender fosse materializar comportamento oposicionista ao seu adversário político. Três anos depois, depreende-se que o pedetista não correspondeu à essas expectativas. Em pleno ano eleitoral, ele prefere não se declarar opositor ao atual prefeito e aparentemente tem receio ou apatia em desferir críticas contra a gestão. O motivo? Ninguém sabe.
A estranha ausência de confrontação política, causada pelo desinteresse daquele que deveria liderar um gradual processo de insurreição à gestão Arnon Bezerra, torna ainda mais difícil o caminho de Gilmar Bender ao executivo juazeirense, caso ele decida se candidatar mais uma vez. O seu capital eleitoral obtido nas urnas em 2016 permitia-lhe centralizar o título de liderança maior da oposição, mas faltou interesse e sobrou apatia com o jogo político.
O maior beneficiado com isso é o prefeito Arnon Bezerra, que até agora teve um problema a menos para resolver. Na verdade, o maior problema de Arnon é a sua própria administração, que tem desagradado principalmente a população que reside em áreas periféricas, desassistida por saúde, educação e infraestrutura. O mau desempenho do atual prefeito é a única esperança para um eventual triunfo de Bender em outubro, mas para isso, o pedetista deve mudar de postura imediatamente, ou será engolido pela sua displicência.
