Tempo integral contempla quatro em cada dez alunos da rede municipal de Fortaleza

Por Nícolas Paulino, G1 CE

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Fortaleza se tornou, em 2019, a capital brasileira com maior cobertura de matrículas de tempo integral na rede de ensino: atualmente, o percentual contempla 41,3% dos 208.544 matriculados, totalizando 86.121 estudantes no modelo.

Os dados preliminares do Censo Escolar 2019, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), colocam a capital cearense à frente de cidades como Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

A cidade também passou a ocupar o 2º lugar no ranking de números absolutos de matrículas na modalidade. O município só fica atrás do Rio de Janeiro, que possui 197.357 alunos no tempo integral. Até 2018, Fortaleza era a 3ª capital do Brasil e 1ª do Norte e Nordeste em número de matrículas no tempo integral.

A modalidade é caracterizada pela permanência de, pelo menos, 7 horas diárias na escola. Para a titular da Secretaria Municipal de Educação (SME), Dalila Saldanha, essa é uma das principais estratégias para o fortalecimento da aprendizagem e para o desenvolvimento da criança com base na proficiência exigida para cada série.

Segundo a secretária, Fortaleza tem 23 escolas exclusivas de tempo integral e 161 escolas de educação infantil que atendem crianças de 1 a 3 anos de idade. Além disso, “todas as escolas de tempo parcial têm jornada ampliada de mais 15h”, explica Dalila. A divisão se refere a três horas diárias a mais, por semana.

O programa “Aprender Mais”, de contraturno escolar, atende a mais de 70 mil alunos em Fortaleza. “Trabalhamos com o fortalecimento de Português e Matemática e outras áreas interdisciplinares”, detalha Saldanha. Estão incluídos aí esportes, arte (música e teatro), tecnologia, educação patrimonial e até combate às arboviroses.

Investimento

Maior permanência na escola também implica em mais gastos com educadores, insumos de trabalho e merenda escolar. Na educação infantil, o custo chega a ser 60% maior do que no turno parcial, de acordo com Dalila Saldanha. No entanto, ela considera que “é um investimento e que vale a pena priorizar”.

Parte do tempo integral de Fortaleza é pago com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); a outra, com recursos do próprio Município. A titular da SME garante que a meta é chegar a 50% de atendimento da rede pública em 2020, ou seja, a cerca de 100 mil matrículas.

Fonte: G1.com

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