Família dribla desemprego com ‘drive thru’ de cuscuz na Zona Norte do Recife

Por Bianka Carvalho, TV Globo

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Necessidade de sair das estatísticas do desemprego e a experiência na cozinha de quem é craque em pratos típicos nordestinos.Essa união foi o impulso para quatro parentes investirem em uma ideia que oferece comodidade e barriga cheia: um drive thru de cuscuz. Com apenas um mês, o ponto, que fica em Campo Grande, na Zona Norte do Recife, já tem clientes fiéis.

As irmãs Paula e Perla Andrade se uniram à prima, Glícia, e ao marido dela, Eudson, para iniciar o negócio. Todos estavam sem emprego quando decidiram unir os dons para melhorar a situação financeira. A ideia de criar o “Alzira’s Cuscuzeira” foi de Paula, que se inspirou no nome da matriarca para dar o ponta pé no empreendedorismo.

“Pensei na praticidade de quem precisa se alimentar antes de ir para o trabalho. Eu sempre vi muita gente chegando sem comer ou comendo qualquer lanche rápido. O cuscuz é uma opção para comer no ônibus, em qualquer lugar, e todo mundo gosta”, conta.

A ideia de apostar em uma venda que pode ser feita de forma rápida, acessível e apetitosa deu certo. A comida é feita no dia da venda. A família conta que vende cerca de 50 potes de cuscuz, cada um por R$ 5, a cada manhã. O pote menor, de munguzá (conhecido como canjica no Sudeste), também faz parte do negócio.

“Munguzá é uma opção mais barata e, como o cuscuz, vem em um pote térmico. Podem comer a comida na hora ou esquentar no microondas para o lanche da manhã ou no almoço”, diz Paula.

Até agora são oferecidos três recheios de cuscuz: frango, charque e carne moída. O grupo pretende aumentar o cardápio, como pedem os clientes.

Alcançar outros pontos na cidade do Recife e trabalhar sob encomenda também está nos planos. Antes mesmo de dar início às atividades, Paula fez um curso de empreendedorismo para aprimorar a ideia.

Conceição Moraes, analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), afirma que a família Andrade está no caminho certo. Quem tem uma ideia empreendedora precisa ter coragem para começar.

“Um protótipo é uma estrutura mínima necessária para a operação da sua ideia. Depois de colocar em prática e ver se tem demanda, é hora de galgar novos espaços no mercado”, explica.

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