Por Mônica Damasceno / Agência News Cariri
Segundo dados do Ministério da Saúde, uma a cada 10 mulheres brasileiras sofre com endometriose, uma doença caracterizada pelo crescimento do endométrio – a mucosa que reveste a parede interna do útero – em outras partes do corpo, principalmente na região pélvica, como por exemplo, no ovário, na bexiga, intestino, entre outros. Estudos comprovam que ainda na adolescência é possível aparecer o primeiro sinal.
A ginecologista e obstetra Carla Janieire alerta que uma paciente com endometriose “vai apresentar cólicas intensas no período menstrual, dificultando suas atividades diárias, algumas mudanças no hábito intestinal como a diarreia também podemaparecer, além de dores intensas durante a relação sexual”, a respeito do diagnóstico a ginecologista afirma que apesar de ser feito de forma clinica, ou seja, durante a consulta médica, exames complementares são necessários para identificar as lesões e acompanhar o tratamento.
“Alguns exames podem ser solicitados como a ressonância da pelve, ou o mapeamento para endometriose, que é um ultrassom com preparo. Após essa etapa é iniciado o tratamento com medicação a base de progesterona, a intenção é parar o ciclo menstrual e consequentemente parar a produção de estrogênio, atrofiando assim os focos de endometriose”, explica a médica.
Existem casos em que o tratamento medicamentoso não traz respostas positivas, somente nessa situação é recomendada a cirurgia de endometriose. A Dra. Carla ainda afirma que “a doença pode ser a causa de infertilidade em um número considerável de mulheres, por isso é fundamental o diagnóstico precoce e correto, para possibilitar um planejamento terapêutico de acompanhamento permanente”.
