Por Ronuery Rodrigues / Papo Reto
Há 19 anos, o evento lembra as vítimas de um dos maiores massacres do interior do estado, além de uma das primeiras experiências religiosas depois de Canudos.
19ª Romaria ao Caldeirão da Santa Cruz do Deserto acontece próximo domingo (23) e deve reunir, segundo os organizadores, 2 mil pessoas. Com o tema “Camponeses em defesa da vida e dos direitos” o evento faz parte do calendário religioso da região do Cariri. A concentração ocorre a partir das 7 horas da manhã, com missa em frente à igreja e logo em seguida haverá apresentações culturais com participação dos grupos de tradição popular.
“Queremos convidar às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), os movimentos sociais e grupos de tradição a participarem desse momento de fé. Montem suas caravanas e vamos juntos meditar no tema deste ano que traz para o debate da luta camponesa. Vamos motivar os nossos agricultores a cada vez mais fazer o uso de práticas ecológicas, estimular a agricultura familiar e refletir sobre as mudanças de direitos na aposentadoria que afetam diretamente os agricultores.” Convida o Padre Vileci Vidal, um dos organizadores.
Desde 2000
A romaria lembra o massacre que ocorreu em 1937 que expulsou o Beato José Lourenço e os moradores de uma das mais ricas e prósperas comunidades de agricultores fugidos da seca. A comunidade foi invadida e destruída pelas tropas do governo Getúlio Vargas que, na época, acusaram os ocupantes de comunismo e charlatanismo.
Desde o ano 2000 ocorre a Romaria que reuni comunidades das redondezas, como do Assentamento 10 de Abril, e grupos de tradição popular. O evento é organizado pela Associação Cristã de Base, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato, Secretaria de Cultura do município, Comunidades Eglesiais de Base e Pastoral das Romarias vinculadas à Diocese do Crato.
Com informações Jornal do Cariri
