Ministério Público instaura inquérito para investigar abertura de cratera com mais de 77 metros em vila na BA

Cratera gigante misteriosa com quase 78 metros de profundidade que surgiu na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

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O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) instaurou inquérito para apurar as causas da abertura da cratera na Vila de Matarandiba, na cidade de Vera Cruz, ilha de Itaparica, região metropolitana de Salvador.

Nesta terça-feira (18), o MP-BA informou ao G1que o inquérito foi aberto na sexta (14). A última informação divulgada pela empresa Dow Química, responsável pela área onde a cratera surgiu, é de que o buraco chega a 77,9 metros de comprimento.

O processo foi instaurado pelas promotores de Justiça Eduvirges Tavares e Ubirajara Fadigas, que atuam na área do Meio Ambiente. Tavares informou que solicitou a realização de perícias técnicas pela própria empresa e por órgãos especializados, como o Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e a Agência Nacional de Mineração (ANM).

As novas inspeções no local serão realizadas com a presença do Ministério Público Estadual. Ainda de acordo com a promotora, as investigações precisam de informações científicas precisas, para que o MP possa identificar as responsabilidades civil e criminal da cratera.

O MP informou também que o objetivo da ação é preservar a vidas das pessoas e proteger o meio ambiente.

Cratera é descoberta na Bahia — Foto: Fernanda Garrafiel/G1Cratera é descoberta na Bahia — Foto: Fernanda Garrafiel/G1

Cratera é descoberta na Bahia — Foto: Fernanda Garrafiel/G1

A cratera foi descoberta em junho deste ano. Na época, ela tinha 46 metros de profundidade, 69 metros de comprimento e 29 metros de largura. O buraco fica no meio de uma mata nativa na Ilha de Matarandiba e está a cerca de 1 km do local onde vivem os moradores.

A área onde a cratera se abriu fica na propriedade da multinacional americana Dow Química, que utiliza a área para extração de salmora, uma mistura de água e sal usada na fabricação de produtos químicos. A salmora é retirada em seis poços a uma profundidade de 1,2 mil metros.

A empresa diz que a erosão trata-se de um fenômeno geológico conhecido como “vazio subterrâneo”. A Dow também informou que não é possível saber as causas do fenômeno, entretanto a empresa segue atuando em três frentes para apurar a causa da erosão e descartar a eventual possibilidade de novas ocorrências.

Uma equipe de especialistas está estudando a cratera, chefiada por um geólogo norte-americano da Dow. A empresa informou que, além de um estudo geomecânico, que analisa dados geológicos, está atuando em outras duas frentes para apurar a causa da erosão e avaliar a eventual possibilidade de novas ocorrências.

Fonte: G1

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