Deivison Kellrs, cantor da banda Torpedo, tem duas músicas póstumas lançadas

Deivison Kellr no clipe de 'Como a culpa é minha', da banda Torpedo (Foto: Reprodução/YouTube)

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Fãs do cantor Deivison Kellrs, que faleceu no dia 19 de agosto vítima de um câncer no fígado, ganharam um presente com a divulgação de duas canções inéditas gravadas pelo vocalista da banda Torpedo. Deivison passou dois anos lutando contra a doença e, simultaneamente, atuava nos palcos junto à banda de brega. O enterro dele causou grande comoção no Recife.

As duas canções foram divulgadas como uma homenagem póstuma no canal da banda Torpedo no YouTube. Intitulada “Entenda”, a primeira canção foi divulgada na terça-feira (28) e, em menos de 24 horas, acumulava mais de 66 mil visualizações. A segunda, “Nos braços de outra pessoa”, foi disponibilizada nesta quarta-feira (29).

Empresário e amigo de Deivison, Silvano Melo afirmou que as canções foram gravadas em maio, pouco tempo antes do segundo e último afastamento de Deivison dos palcos. Segundo Silvano, mesmo debilitado pelos efeitos da doença e pelo próprio tratamento, a vontade do vocalista era de nunca parar de cantar.

“Ele pediu para fazer o que tinha de fazer antes de se afastar, porque, na verdade, ele só se afastou por causa de muitas recomendações nossas. Ele queria estar no palco, mesmo doente. Era o que ele gostava de fazer e fez, enquanto pode”, explicou Silvano.

Uma das cantoras da Torpedo, Francyne Röper divide com Deivison os vocais de “Nos braços de outra pessoa”. Ela entrou na banda em dezembro de 2016 e, desde o início, diz ter sido acolhida por Deivison.

“Sempre há uma certa rejeição quando você se lança artista. Ele sempre me defendeu, em qualquer lugar. Antes que fechassem meu contrato com a banda, ele me recebeu, me deu as boas-vindas e estabelecemos uma amizade. Ele era muito parceiro e me sinto honrada por estar com ele nessa sua última música”, disse Francyne.

A música gravada com Francyne foi uma das últimas ações de Deivison antes da piora da doença. Ela lembra o quão popular o cantor era entre o público pernambucano.

“Ele se tornou um dos ícones do brega e quebrou o tabu que só mulher faz sucesso com o brega romântico. Conseguia passar muita emoção através da voz e, com certeza, nunca vai cair no esquecimento. Ele vai ser eternizado. Vimos isso no velório e enterro, com a quantidade de pessoas que estava ali para se despedir”, afirmou.

Carreira

Ex-garçom, com a saúde debilitada pelo câncer, Deivison causava uma mobilização de fãs e de outros artistas do brega pernambucano para ajudá-lo no tratamento, após ele falar sobre a doença, no meio de 2017, e aparecer publicamente fragilizado.

Ele era conhecido por canções como “Como a culpa é minha”, do fim de 2011, a “Fase ruim”, de 2017, que consistiam em diálogos tristes sobre amor entre Deivison e a cantora do grupo: primeiro, Tayara Andreza, e depois Francyne Röper, que a substiuiu em 2016.

Com essas histórias e o som que mostra a força do brega pernambucano, eles cativaram fãs, influenciaram outros artistas atuais e conquistaram fãs em Pernambuco e em outros estados do Brasil — ainda mais com a expansão do batidão romântico do Nordeste pelo resto do país.

Fonte: G1

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