Bolsa brasileira interrompe série de altas; dólar fecha a R$ 3,18

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A Bolsa brasileira interrompeu sequência de cinco altas e fechou em baixa nesta segunda-feira (17), em movimento de ajuste e na véspera do recesso parlamentar. O dólar encerrou o dia desvalorizado em relação ao real, cotado a R$ 3,18.

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, caiu 0,34%, para 65.212 pontos.

O dólar comercial fechou em baixa de 0,12%, para R$ 3,182. O dólar à vista teve queda de 0,16%, para R$ 3,179.

O dia foi de movimento fraco no mercado brasileiro, com parte dos investidores americanos já em período de férias, o que reduz os negócios. A véspera do recesso no Congresso brasileiro também esvaziou o noticiário político e prejudicou a realização da sessão plenária.

O Congresso entra em recesso de duas semanas a partir desta terça (18).

A votação da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) pelos deputados contra Temer está marcada para 2 de agosto, na volta das férias dos parlamentares.

“O dia foi mais tranquilo e com um otimismo econômico maior, após dados bons da China. Não há, no curto prazo, nenhuma turbulência à vista no campo político, o que contribui para acalmar o mercado”, diz Bruno Foresti, gerente de câmbio do banco Ourinvest.

A economia chinesa cresceu 6,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, mais rápido que o esperado e em linha com o crescimento do primeiro trimestre. Já a produção industrial do gigante asiático avançou 7,6% em junho na comparação anual, enquanto o investimento em ativos fixos avançou 8,6% nos primeiros seis meses do ano.

No Brasil, a entrada de recursos pela nova repatriação deve contribuir para que o dólar se mantenha abaixo de R$ 3,20, avalia Foresti. A desvalorização da moeda americana ocorreu em meio a uma falta de direção do dólar no exterior.

Das 31 principais moedas, o dólar fechou em alta ante 17.

O Banco Central vendeu integralmente a oferta de 8.300 contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) para rolar os que vencem em agosto. Até agora, a autoridade monetária já rolou US$ 2,49 bilhões do total de US$ 6,181 bilhões que vence no mês que vem.

O CDS (Credit Default Swap, termômetro de risco-país) recuou 0,67%, pelo sétimo dia seguido, e fechou a 222,3 pontos.

AÇÕES

Os papéis da Vale se beneficiaram da alta de 1,63% dos preços do minério de ferro e subiram. Os papéis preferenciais da mineradora subiram 0,43%, para R$ 27,92. As ações ordinárias tiveram alta de 0,68%, para R$ 29,72.

As ações da Petrobras fecharam o dia em baixa de mais de 1%, acompanhando a queda dos preços do petróleo. Os papéis mais negociados recuaram 1,23%, para R$ 12,89. As ações que dão direito a voto tiveram baixa de 1,25%, para R$ 13,45.

No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco se desvalorizaram 0,96%. As ações preferenciais do Bradesco tiveram queda de 0,67%, e as ordinárias caíram 0,70%. O Banco do Brasil teve baixa de 0,51%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil fecharam praticamente estável, com leve queda de 0,04%. Com informações da Folhapress.

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