Bolsa tem leve alta e dólar recua de olho em julgamento no TSE

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O julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), continua no radar do investidor. A perspectiva de que o TSE decida por não cassar a chapa trouxe certo alívio para o mercado nesta quarta-feira (7), na avaliação de alguns analistas.
O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, fechou em leve alta de 0,34%, para 63.170 pontos. Nas primeiras horas, após a abertura, o índice chegou a subir mais de 1%, mas diminuiu o ritmo de valorização durante o dia.

Já o dólar comercial terminou a quarta-feira com queda de 0,15%, cotado a R$ 3,273. O dólar à vista, por sua vez, recuou 0,25%, para R$ 3,275.

O segundo dia de sessão no TSE as atenções dos investidores. “O mercado está otimista com a perspectiva da não cassação da chapa Dilma-Temer e considera que mais uma ruptura institucional pode ser pior. Mas o volume foi baixo, com investidores à espera de sinais mais claros”, afirma Adeodato Netto, estrategista-chefe da Eleven Financial.

Os trabalhos no plenário duraram das 9h às 13h nesta quarta-feira e serão retomados na quinta, com possibilidade de extensão pelo dia todo. “Enquanto não termina o julgamento, o mercado fica num compasso de espera”, diz Ignacio Crespo, economista-chefe da Guide Investimentos.

AÇÕES

Afetadas pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional, as ações da Petrobras terminaram o dia em queda. Os papéis mais negociados da Petrobras recuaram 2,35%. As ações com direito a voto caíram 1,72%.

Os preços do petróleo tiveram queda nesta sessão, após o Departamento de Energia dos EUA divulgar um aumento dos estoques da commodity no país. “A expectativa era de redução dos barris, e não aumento dos estoques”, afirma Marco Tulli, gestor da mesa de operações da corretora Coinvalores.

Além disso, a Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE) disse na terça-feira (6) que a produção de petróleo do país pode atingir um recorde de 10 milhões de barris por dia no próximo ano, acima dos atuais 9,3 milhões, e em patamar quase igual à produção do principal exportador, a Arábia Saudita.

A mineradora Vale sofreu com a queda dos prelos do minério de ferro na China. As ações mais negociadas da companhia tiveram baixa de 0,32%, para R$ 25,00. Já os papéis com direito a voto se desvalorizaram 0,49%, cotadas a R$ 26,45.

No setor financeiro, as ações de bancos fecharam o dia em território positivo. Os papéis do Itaú Unibanco subiram 1,64%. As ações preferenciais do Bradesco ganharam 1,61%, enquanto os papéis ordinários (com direito a voto) subiram 1,57%. O Banco do Brasil viu suas ações se valorizarem 1,20%. E as units – conjunto de ações – do Santander Brasil terminaram o dia com alta de 2,02%.

JBS

Após subirem mais de 8% nesta terça-feira (6), liderando as altas do Ibovespa, as ações da JBS chegaram a esboçar avanço no começo dos negócios, mas os papéis da companhia fecharam em queda de 2,53%.

A empresa anunciou, na terça-feira, a venda por US$ 300 milhões de todas as ações de suas subsidiárias com operações de carne bovina na Argentina, no Paraguai e no Uruguai.

Os papéis foram comprados por subsidiárias da Minerva, de acordo com comunicado divulgado ao mercado pela empresa. A aquisição ocorreu por meio das subsidiárias da Minerva Frigomerc, Pul Argentina e Pulsa.

DÓLAR

O mercado cambial também refletiu a incerteza política, diz Crespo, da Guide. “A atuação do Banco Central, dando mais liquidez, não tem afetado muito a direção da moeda”.

Nesta quarta-feira, o BC voltou a fazer intervenções no mercado de câmbio. A autoridade monetária vendeu integralmente até 8.200 contratos de swaps cambiais tradicionais – equivalente à venda futura de dólares- para rolagem dos contratos que vencem em julho.

Com isso, rolou o equivalente a US$ 820 milhões do total para o mês que vem, de US$ 6,939 bilhões.

O CDS (Credit Default Swap) do Brasil, que mede o risco do país, subiu 0,75%. Com informações da Folhapress.

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