Após levar luta “mais dura” da carreira, Patolino vibra: “Sei do que sou capaz”

Em função do equilíbrio da luta, o resultado gerou controvérsia. Entretanto, em entrevista ao Combate.com, Patolino afirma que teve certeza da vitória ao rever o duelo pela televisão.

– A luta contra Handesson foi muito dura, gostei muito de enfrentá-lo. Foi um adversário à altura, senti que ele era, mas não gostei de um dos juízes ter visto uma vitória dele em um round. Eu não acho isso, acho que minha vitória foi unânime, com certeza venci os três rounds. Quando estou lá em cima, consigo ver se venci, e eu estava ciente de que estava vencendo. Ele golpeava, mas os golpes ficavam na minha guarda, ele não conectou um soco no rosto. Eu golpeei, todos os golpes que conectei foram efetivos. Na hora, quando os árbitros deram esse resultado, eu pensei: “Cara, estranho, mas não vou dizer nada agora. Vou ver de novo”. Vendo a luta depois, não tive dúvida. Eu soube que tinha muita gente falando, mas quando fui ver o post no Instagram do Fight 2 Night, a mulher dele, a família, os amigos e companheiros de treino reclamaram do resultado. Claro que eles falariam isso, é normal. Foram as únicas pessoas que discordaram do resultado.

Na luta com Handesson Ferreira, ficou nítida a “troca de farpas” entre os lutadores. Patolino garantiu que a provocação é uma característica comum a ambos, e reforçou que busca entrar na mente dos adversários desde que começou a lutar.

– Eu luto assim desde antes do TUF. Com seriedade, mas provoco, entro na mente do adversário. E o estilo dele é um pouco parecido, ele é um atleta que gosta de provocar, de brincar, e eu também sou assim. Ele começou a brincar, e eu disse: “Bate mais forte”. Vi que entrei na mente dele. Só que no segundo round ele disse umas gracinhas, e eu respondi. Eu consegui entrar na mente dele. A luta ficou muito parelha, foi uma excelente luta. O Handesson foi o atleta mais duro que eu já lutei. Era o número 1 do Brasil. Ele tinha nove lutas e nove vitórias. Agora tem nove vitórias e uma derrota, e eu posso dizer que foi para mim (risos).

William Patolino TUF Brasil (Foto: Divulgação / UFC)Além da final do TUF Brasil 2, William Patolino realizou três lutas no UFC (Foto: Divulgação / UFC)

Feliz por viver um bom momento novamente, Patolino lembra que, até pouco tempo, a realidade era diferente. Após ter ficado bastante chateado com a saída do Ultimate, o lutador revelou que fortaleceu a mente e passou a acreditar mais no próprio potencial depois desta adversidade.

– Depois que saí do UFC, todas as coisas ficaram chatas, tudo ficou ruim. Foi “fogo”. Foi uma luta muito grande comigo mesmo. Mas, hoje, meu psicológico ficou melhor. Eu sei o que posso, sei do que sou capaz. Sou tão bom quanto tantos que estão por aí. Sou um lutador “top”. Não posso prometer sempre vencer, mas sempre batalhar duro e dar o meu máximo. Tenho certeza que se eu chegar preparado, sairei vitorioso do combate. Tenho certeza do meu potencial. Vencer bem essas duas lutas, depois de tudo que passei, mostrou o quanto eu sou forte e capaz, isso fortaleceu muito o psicológico – contou.

Mais maduro em relação ao período que esteve no TUF Brasil, em 2013, William Patolino garante que não está com o pensamento em um possível retorno ao UFC. O brasileiro disse que voltaria em caso de uma boa oferta, mas destacou que a preocupação, no momento, é lutar para sustentar seu primeiro filho, Aydan, cujo nascimento será em julho.

 Meu filho nasce em julho, vem um “patinho” aí (risos). Eu preciso lutar bem, trabalhar, sustentar minha família. Tenho filho para criar, não posso ficar parado esperando o UFC.
William Patolino

– Hoje não é algo que eu busco, que eu almejo. Sou funcionário do MMA, sou um atleta de MMA. Meu trabalho é treinar e lutar. Se acontecer de o UFC me chamar e negociar uma boa bolsa, eu luto, assim como em qualquer evento que me pagar uma boa bolsa. Hoje o Fight 2 Night me proporciona isso, luto em casa, com a torcida, todo conforto, todo aparato. Se depender de mim, viajar para o exterior para lutar, não vou. Mas se for um bom negócio, vou lutar fora. Hoje não estou mais triste ou focado em voltar ao UFC. Entendi minha carreira. Sou pai, praticamente, meu filho nasce em julho, vem um “patinho” aí (risos). Eu preciso lutar bem, trabalhar, sustentar minha família. Tenho filho para criar, não posso ficar parado esperando o UFC. Se for bom para mim e para o UFC, vou lutar com todo o carinho, é a Copa do Mundo da luta, é onde sonhei por muitos anos lutar, e fui lá e lutei com os melhores. Hoje estou aqui trabalhando feliz, sem pressão, com muita alegria – finalizou.

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