Empresário Mariano Ferraz vira réu em processo da Operação Lava Jato

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O empresário Mariano Marcondes Ferraz virou réu em um processo relacionado à Operação Lava Jato. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em janeiro e foi aceita pelo juiz Sérgio Moro na quinta-feira (2). Ele vai responder pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

O G1 entrou em contato com o escritório de advocacia que representa o empresário e aguarda um retorno.

Ferraz é acusado de pagar propina de US$ 868.450,00 para que a empresa Decal do Brasil renovasse contrato com a Petrobras. Ele foi preso preventivamente em 26 de outubro de 2016 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Em 3 de novembro, ele pagou fiança de R$ 3 milhões e deixou a prisão.

Conforme a força-tarefa da Lava Jato, a vantagem indevida foi paga entre 2011 e 2013 ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos primeiros investigados a fechar acordo de colaboração com o Ministério Público Federal.

Ferraz assumiu ter pago vantagem indevida.

“Ouvido perante a autoridade policial, Mariano Marcondes Ferraz admitiu haver pago ‘comissões’ a Paulo Roberto Costa, no percentual de 1,5% do  valor do   contrato,  para  garantir os negócios de suas empresas com a Petrobras, por meio de depósitos no exterior, via pessoa física e igualmente utilizando-se de suas empresas offshores”, afirmou o juiz Sérgio Moro ao aceitar a denúncia.

A irregularidade
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, em 2006, a Petrobras contratou a Decal do Brasil para a prestação de serviços de armazenagem e acostagem de navios no Porto de Suape, em Pernambuco. O contrato tinha validade de cinco anos.

As investigações indicam que, terminado o prazo, havia resistência da estatal em relação à renovação. Ainda conforme a força-tarefa, diante do impasse, Mariano Marcondes Ferraz ajustou o pagamento de propina com Paulo Roberto Costa.

Confissão
Por meio de uma petição, a defesa de Mariano Ferraz admitiu que o empresário pagou propina no esquema de corrupção na Petrobras ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. No documento, o advogado declarou ainda que o empresário assumiu o “compromisso de colaborar na apuração dos fatos”.

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