A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) instaurou uma sindicância para investigar a causa do acidente que deixou um sargento do Corpo de Bombeiros com múltiplas fraturas durante a descida de um helicóptero para ocorrência em junho de 2015, no bairro Capuan, em Caucaia.
O acidente aconteceu enquanto o sargento Jorge Alcântara Pereira descia de rapel para apoiar uma ocorrência de roubo na região. Na ocasião, ele caiu a 10 metros do chão, fraturando as pernas e sofrendo lesões das costas. Ele ficou em coma induzido por mais de 20 dias, mas recebeu alta após cerca de 2 meses no hospital.
\”Embaraço\”
Consta no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (15) que ocorreu um “embaraço na realização da sequência de ações no lançamento do cabo e, em sequência, uma repentina troca de funções dos tripulantes, sem a devida autorização do comandante da aeronave.”.
Conforme o texto publicado no DOE, o major que estava na aeronave “deixou de exercer a autoridade e controle sobre os tripulantes a bordo do helicóptero, silenciando-se quanto a intempestiva troca de funções por parte dos tripulantes, e permitiu que o procedimento continuasse, mesmo sem ouvir a fraseologia padrão.”.
Ainda de acordo com o relatório da Controladoria Geral, o sargento do Corpo de Bombeiros que também acompanhava a operação ‘’deixou de proceder a sequência padrão de lançamento do cabo, a ausência da fraseologia padrão com o piloto, e a intempestiva troca de função durante a operação”.
As atitudes dos oficiais militares contrariaram o Manual de Procedimentos Operacionais do Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). Com base nisto, a CGD resolveu baixar uma portaria em desfavor dos denunciados. A decisão sobre as supostas transgressões militares serão publicadas posteriormente.
Diariodonordeste