CEO do Uber deixa grupo de consultoria empresarial de Trump

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O presidente-executivo da Uber, Travis Kalanick, abandonou na quinta-feira o grupo de consultoria empresarial criado pelo presidente Donald Trump em meio à crescente pressão de ativistas e funcionários contra as políticas de imigração do seu governo. A saída ocorre em meio a protestos de usuários contra a empresa, acusando-a de apoiar as novas regras contra imigrantes assinadas pelo republicano.

“Não me juntei ao grupo para endossar o presidente ou sua agenda, mas infelizmente foi interpretado exatamente como isso”, afirmou Kalanick, que planejava ir a uma reunião do grupo nesta sexta-feira, em um e-mail enviado aos funcionários. Mais tarde, a porta-voz do Uber, Chelsea Kohler, confirmou que o presidente da empresa havia deixado o grupo.

Campanhas nas mídias sociais contra o Uber pediam que os usuários deletassem suas contas e optassem por serviços rivais como a Lyft. O Uber vem contatando os usuários que deletaram o aplicativo para dizer que compartilha das preocupações e que compensará os motoristas afetados pela restrição imposta pelo governo Trump. Além dos passageiros, muitos motoristas da companhia, que são imigrantes, estão entre os críticos às políticas do presidente americano.

Kalanick afirmou ter conversado brevemente com Trump sobre a decisão de imigração e “seus problemas para nossa comunidade”, dizendo ao presidente que não se juntaria ao conselho econômico. “Há muitas formas de continuarmos advogando por mudanças na imigração, mas permanecer no conselho ficaria no caminho disso. O decreto presidencial prejudica muitas pessoas nas comunidades em toda a América”, escreveu na nota aos funcionários. “Famílias estão sendo separadas, pessoas estão presas no exterior e há crescente temor de que os EUA não mais sejam um lugar que acolhe imigrantes”, acrescentou.

Em comunicado na quinta-feira, a Casa Branca não mencionou o Uber e disse que Trump “entende a importância de um diálogo aberto com líderes empresariais para discutir a melhor forma de tornar a nação uma economia mais forte.”

(Com Reuters)

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