Ações da Vale disparam e Bolsa fecha no maior nível em quase 5 anos

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As ações da mineradora Vale dispararam nesta segunda-feira (13) e levaram a Bolsa brasileira ao maior patamar em quase cinco anos, perto dos 67 mil pontos. O dólar fechou praticamente estável, cotado a R$ 3,11.

O Ibovespa fechou em alta de 1,27%, para 66.967 pontos, o maior nível desde 20 de março de 2012. O volume financeiro da sessão foi de R$ 8,4 bilhões, acima da média diária do ano, que é de R$ 7,06 bilhões.

As ações da Vale foram as mais negociadas no pregão e dispararam mais de 6%, impulsionadas pelo avanço de 6,5% dos preços do minério de ferro -no quinto dia seguido de alta da commodity.

Os papéis preferenciais da mineradora avançaram 6,79%, para R$ 33,35 -o maior valor desde 6 de novembro de 2013. As ações ordinárias subiram 9,18%, para R$ 35,81, o nível mais elevado desde 9 de dezembro de 2013.

A Bradespar, acionista da mineradora, também se beneficiou da disparada e registrou a segunda maior alta do Ibovespa, com avanço de 7,66%. “Vale e siderúrgicas têm um peso relevante no índice, mais de 10%, e acabaram puxando o Ibovespa, com o minério subindo para o maior patamar em quase três anos”, afirma Samuel Torres, analista da Spinelli Corretora.

No ano, as ações da mineradora registram forte valorização. Os papéis preferenciais sobem quase 43% e os ordinários, cerca de 40%.As ações da Petrobras fecharam o dia em alta, ainda sob impacto do upgrade da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, anunciado na sexta-feira.

“Algumas casas importantes revisaram as recomendações de compra para a Petrobras e veio um fluxo externo para a empresa, o que ajudou as ações”, afirma Thiago Souza, gestor de recursos da Mapfre Investimentos.

Os papéis preferenciais da estatal fecharam o dia em alta de 0,26%, para R$ 15,62. As ações ordinárias subiram 1,28%, para R$ 16,56. A alta ocorreu apesar da desvalorização dos preços do petróleo no exterior, afetados pela perspectiva de aumento da produção de petróleo nos Estados Unidos.

Outro destaque do pregão foram as ações da BB Seguridade, que subiram após a empresa ter alta de 6% no seu lucro líquido no quarto trimestre na comparação anual, para R$ 1,074 bilhão. O resultado, embora em linha com o esperado pelo mercado, levou os papéis da companhia a subir 3,48%.

No setor financeiro, os papéis de bancos fecharam com sinais mistos. As ações do Itaú Unibanco caíram 0,47% e as ações ordinárias do Bradesco recuaram 0,16%. As ações preferenciais do banco tiveram alta de 0,28%, e os papéis do Banco do Brasil se valorizaram 0,64%.

As units -conjunto de ações- do Santander Brasil fecharam em alta de 3,10%. Desde o início do mês, acumulam avanço de 13,6%.

DÓLARO dólar fechou em leve alta em relação ao real, cotado a R$ 3,11. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,07%, para R$ 3,114. O dólar comercial fechou com avanço de 0,03%, para R$ 3,110.

“O mercado nesse último mês está se mantendo estável, não passa do piso de R$ 3,10. Essa baixa cotação acaba atraindo compradores, o que faz com que haja uma pressão de alta em alguns momentos, mas depois retorna para esse patamar”, afirma Tarcisio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.

A entrada de recursos de captações internacionais vista na semana passada já está no preço do dólar, avalia o especialista. Para ele, o Banco Central não deve rolar os contratos de swap cambial que vencem em março, pela leitura de que o mercado não precisa de proteção contra volatilidade atualmente.

No mercado de juros futuros, os DIs fecharam com sinais opostos nesta segunda. O contrato com vencimento em abril de 2017 recuou de 12,304% para 12,285%. O DI com vencimento em janeiro de 2018 caiu de 10,665% para 10,655%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 teve queda de 10,260% para 10,240%.O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e termômetro de risco, caiu 4,79%, para 217,064 pontos. Com informações da Folhapress.

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